Pesquisa do Sebrae e da FGV mostra que pequenas empresas começam a ter retomada dos negócios com o avanço das vacinas, mas o faturamento ainda não voltou ao nível de antes da pandemia.
Pequenas empresas, que quase fecharam por causa da pandemia, começam a ter uma retomada dos negócios com o avanço das vacinas. O desafio agora é o aumento de custos.
Foi a vacinação que deu a força que faltava para quem depende do movimento de gente. No primeiro semestre, as academias viram o faturamento cair até 87%, na média. Só o turismo sofreu mais (88%). Mas, mês a mês, Luana Machado, proprietária de uma academia, sentiu mais segurança na recuperação.
“Acho que a melhora a gente começou a perceber próximo de julho, agosto deste ano, né?”, declara a empresária.
Mesmo com os alunos de volta, o faturamento ainda não é igual ao de antes da pandemia. É que os custos são outros: a conta de luz dobrou do início para o fim do ano e o financiamento do imóvel, atrelado à taxa Selic, também ficou mais caro.
“Eu tinha parcela próximo de 4% quando eu fechei o contrato em 2018 e agora está próximo dos 10%”, afirma Luana.
Esse é um problema não só das academias, mas de praticamente todas as atividades que fazem parte do setor de serviços, o último a reagir. As contas de energia, aluguel, empréstimo, matéria-prima ficaram mais altas. E não sobra muito espaço para repassar para o bolso já apertado do consumidor. É por isso que o faturamento não volta ao nível de antes da pandemia, segundo a pesquisa do Sebrae e da FGV que acompanha os impactos da crise sanitária nos pequenos negócios.
Metade dos empresários disse que o aumento de custos é o que mais tem dificultado a recuperação financeira. Em segundo lugar, vem a falta de clientes. Depois, as dívidas de empréstimos, com impostos e com fornecedores.
Diante dos desafios, os empresários estão se adaptando. Nos últimos seis meses, sete em cada dez pequenas empresas adotaram alguma medida para reduzir o custo de energia, por exemplo.
Apesar das dificuldades, o presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles, diz que a recuperação deve continuar para todos os setores.
“É um ano para se fazer conta. Portanto, nós estamos trabalhando muito na educação empreendedora, nos agentes de desenvolvimento, nos agentes de inovação e no crédito assistido para que esses quatro componentes possam melhorar a eficiência e melhorar a produtividade da micro e pequena empresa”, afirma.
via G1
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