Em um ano de quebra de recordes em venture capital, não deveria ser surpresa que houvesse algumas rodadas de investimento pesadas para as startups. Na verdade, duas empresas que tiveram três das melhores rodadas do ano usaram o valor captado para levá-los ao mercado público – a fabricante de carros elétricos Rivian e o aplicativo de trading Robinhood.
Para entrar na lista dos dez primeiros, uma empresa precisava apenas captar bem mais de US$ 1 bilhão em uma rodada. Aqui estão as principais rodadas de 2021:
1º Cruise, US$ 2,75 bilhões, carros autônomos
Cruise, com sede em San Francisco, anunciou uma rodada de US$ 2 bilhões em janeiro, mas aumentou-a com um investimento do Walmart e outros para US$ 2,75 bilhões em abril, passando a ocupar o primeiro lugar. A captação elevou a avaliação da startup de carros autônomos apoiada pela General Motors para mais de US$ 30 bilhões. A empresa já havia feito uma parceria com o Walmart para um piloto de entregas autônomas na área de Phoenix.
2º Rivian, US$ 2,65 bilhões, veículos elétricos
A segunda maior rodada de 2021 aconteceu apenas 19 dias depois do início do ano, quando Rivian, com sede em Irvine, Califórnia, fechou uma rodada de private equity de US$ 2,65 bilhões, liderada por T. Rowe Price. Quando a empresa anunciou a rodada, considerou 2021 um “ano crítico”, com o lançamento de um punhado de veículos elétricos. Na época, poucos provavelmente sabiam que Rivian estava apenas começando o ano.
3º Rivian, US$ 2,5 bilhões, veículos elétricos
No início do ano, quando as pessoas pensavam no mercado de veículos elétricos (EV), empresas como Tesla e Nikola vinham à mente. Tudo mudou em julho, quando Rivian fechou sua segunda grande captação do ano – e a terceira maior rodada do ano. A empresa levantou uma rodada de investimento privado de US$ 2,5 bilhões, liderada pelo Climate Pledge Fund da Amazon, D1 Capital Partners, Ford Motor Co. e fundos e contas assessorados por T. Rowe Price. A rodada preparou o IPO de Rivian no mês passado, onde a empresa levantou outros US$ 12 bilhões. Isso significa que Rivian arrecadou um pouco mais de US$ 17 bilhões apenas neste ano. Definitivamente, um ano para lembrar.
4º Robinhood, US$ 2,4 bilhões, fintech
Robinhood, com sede em Menlo Park, Califórnia, também teve um ano e tanto. O aplicativo de negociação de ações arrecadou US$ 2,4 bilhões em notas conversíveis, em fevereiro, de um grupo de investidores liderado pela Ribbit Capital – poucos dias depois de a empresa ter sido criticada por permitir um volume extremamente alto de negociações por investidores de varejo, o que elevou os preços das ações da varejista de videogames GameStop e outras. Sem se deixar abater pelas críticas e estimulado por dinheiro novo, Robinhood abriu o capital em julho e arrecadou mais US$ 2,1 bilhões.
5º Generate Capital, US$ 2 bilhões, tecnologia limpa
O ano em investimentos de risco será definitivamente lembrado como um bom ano para tecnologia verde e limpa. Os investidores viram novas oportunidades à medida que as empresas continuaram a tentar reduzir sua pegada de carbono e o governo federal norte-americano aprovou um enorme projeto de infraestrutura para apoiar essa tecnologia. A Generate Capital, sediada em São Francisco, aproveitou esse interesse ao levantar uma rodada de US$ 2 bilhões liderada pela AustralianSuper e QIC. A empresa constrói, possui e opera infraestrutura relacionada à sustentabilidade – como armazenamento de energia em baterias e energia solar industrial.
6º Commonwealth Fusion Systems, mais US$ 1,8 bilhão, energia
Os investidores também entraram na febre da fusão este ano, quando várias empresas participaram de grandes rodadas com a promessa de energia livre de carbono. Nenhuma empresa arrecadou mais do que a Commonwealth Fusion Systems, com sede em Cambridge, Massachusetts, que levantou uma enorme Série B de mais de US$ 1,8 bilhão, liderada pela Tiger Global Management. A rodada foi a maior de todas as startups de fusão nuclear, já que a empresa busca construir a primeira máquina de fusão de energia líquida “comercialmente relevante” do mundo e a primeira usina de fusão comercial.
7º Databricks, US$ 1,6 bilhão, dados
Databricks, com sede em San Francisco, atingiu um post-money valuation de US$ 38 bilhões depois de captar US $1,6 bilhão na Série H, liderada pelo Counterpoint Global, do Morgan Stanley, em agosto. Essa rodada aconteceu apenas sete meses depois que a empresa levantou US$ 1 bilhão em uma avaliação de US$ 28 bilhões em fevereiro. A Databricks, que agora arrecadou um total de US$ 3,6 bilhões, cria ferramentas e produtos para ajudar as empresas a visualizar dados estruturados e não estruturados em um único local – o que chama de “casa do lago” de dados – sem se mover entre sistemas diferentes.
8º Articulate Global, US$ 1,5 bilhão, e-learning
Somente em 2021 seria possível obter uma “Série A” de US$ 1,5 bilhão. Isso foi o que o provedor de treinamentos e e-learning Articulate Global captou em uma rodada liderada pela General Atlantic. O software da empresa ajuda as empresas a criar e fornecer treinamentos online para tudo, desde vendas até conformidade e habilidades de negócios leves, como formação de equipes. A rodada avalia a empresa – fundada em 2002 – em US$ 3,75 bilhões. A empresa se refere a esta rodada como um uma captação da Série A porque marca sua primeira rodada de investimentos externa.
9º Sierra Space, US$ 1,4 bilhão, viagem espacial
Que tal outra grande Série A? A Sierra Space de Broomfield, Colorado fechou uma Série A de US$ 1,4 bilhão liderada pela General Atlantic, Coatue e Moore Strategic Ventures. Foi apenas mais uma grande rodada no que foi um ano forte para a tecnologia espacial. Fundada este ano, a empresa planeja usar os novos recursos para desenvolver seu Dream Chaser Spaceplane, um avião comercial orbital.
10º Lacework, US$ 1,3 bilhão, cybersegurança
Embora a segurança em geral tenha tido um investimento insano este ano, nenhuma área viu rodadas mais insanas do que a segurança em nuvem e contêiner. O espaço decolou conforme mais empresas mudaram para a nuvem e adotaram estratégias de contêiner para construir aplicativos. O espaço se tornou uma corrida armamentista, com Lacework, Orca Security e Sysdig, todas gerando várias rodadas com avaliações de mais de US$ 1 bilhão. No entanto, Lacework viu a maior quantidade. A empresa com sede em San Jose se tornou um unicórnio quando fechou uma rodada de crescimento de US$ 525 milhões em janeiro – mas ainda não efetivada. No mês passado, ela fechou uma rodada de US$ 1,3 bilhão da Série D liderada por Sutter Hill Ventures, Altimeter Capital, D1 Capital Partners e Tiger Global Management. O novo investimento definiu uma avaliação de US$ 8,3 bilhões para a empresa de 7 anos.
Grandes negócios globais
Os dois principais negócios globais deste ano não envolveram startups com sede nos EUA.
A plataforma de compras online Flipkart, com sede na Índia, fechou uma rodada de US$ 3,6 bilhões, com uma avaliação de US$ 37,6 bilhões em julho.
A Northvolt, com sede em Estocolmo, uma empresa fabricante de baterias de íon de lítio, arrecadou uma rodada de US$ 2,75 bilhões em junho.
via Crunchbase News
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