Das 175 empresas que entraram na lista elaborada pela Forbes USA ao longo dos anos, 116 se tornaram unicórnios
Pelo oitavo ano consecutivo, a Forbes se uniu à TrueBridge Capital para identificar as 25 startups norte-americanas que receberam investimentos de venture capital com a maior probabilidade de se tornarem unicórnios.
O histórico tem sido impecável: das 175 empresas que entraram nesta lista ao longo dos anos, 116 se tornaram unicórnios; outras 22 foram adquiridas, e nove se listaram em bolsa antes de atingir a avaliação de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,18 bilhões no câmbio atual). Apenas cinco fecharam as portas.
Este ano é provavelmente o mais desafiador até agora por causa das quedas do mercado de ações e da tensão entre os investidores de tecnologia. Algumas empresas que foram cotadas para a lista acabaram de fora depois de promoverem grandes cortes de pessoal.
As 25 empresas, listadas em ordem alfabética, representam aquelas que acreditam ter mais chances de se tornarem unicórnios.
1 – 0x Labs
Fundadores: Amir Bandeali (co-CEO) e Will Warren (co-CEO)
Capital levantado (equity): US$ 85 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 5 milhões
Principais investidores: Greylock Partners e Pantera Capital
Quando Warren, 33, e Bandeali, 31, se conheceram há seis anos, eles compartilhavam a crença de que todas as formas de valor, sejam ativos tradicionais (como moedas fiduciárias, ações e títulos) ou colecionáveis digitais (como itens de videogame), acabariam sendo tokenizados.
“Visualizamos um futuro em que existem bilhões desses diferentes tipos de tokens”, diz Warren. Com essa ideia em mente, ele e Bandeali iniciaram o 0x Labs, que permite que desenvolvedores e empresas criem mercados para seus tokens nas principais blockchains, incluindo Ethereum e Avalanche.
A empresa sediada em São Francisco, na Califórnia, também opera o agregador de câmbio descentralizado (DEX) Matcha, uma espécie de mecanismo de busca que ajuda os traders a otimizar custos mostrando os melhores preços em várias exchanges.
No mês passado, a Matcha movimentou aproximadamente US$ 1 bilhão do total de US$ 5,2 bilhões em negociação de agregadores DEX.
Em abril, a 0x fechou uma parceria com a Coinbase, a maior exchange de criptomoedas dos EUA, para impulsionar o novo mercado da Coinbase para NFTs.
2 – AtoB
Fundadores: Harshita Arora, Tushar Misra e Vignan Velivela (CEO)
Capital levantado (equity): US$ 100 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 2 milhões
Principais investidores: Bloomberg Beta, Elad Gil, General Catalyst
Há três anos, Velivela, 32, que já havia trabalhado como engenheira de robótica na empresa de carros autônomos Cruise, se uniu a Misra (ex-Uber) e Arora (que desenvolveu um aplicativo de rastreamento de preços de criptomoedas) para lançar um Uber para ônibus.
Após o Covid, eles rapidamente passaram a trabalhar em um serviço de pagamentos para transportes.
Enquanto viajavam para centros de caminhões como Stockton, na Califórnia, para descobrir o que os caminhoneiros precisavam, eles aprenderam sobre os cartões de combustível oferecidos pela Wex e Fleetcor e pensaram que poderiam criar um produto melhor.
Com o AtoB, eles construíram um painel onde os caminhoneiros podiam ver os preços do combustível e quando eles haviam pagado, tudo conectado ao software de rastreamento de frota.
“Podemos usar a rede para evitar fraudes e melhorar a eficiência do combustível”, diz Velivela.
Com um cartão de combustível de taxa zero que oferece um desconto de cinco centavos por galão ganhando força entre os caminhoneiros e o recente lançamento de um novo produto de folha de pagamento, a receita da startup deve ultrapassar US$ 20 milhões este ano.
3 – Astera Labs
Fundadores: Sanjay Gajendra, Jitendra Mohan (CEO) e Casey Morrison
Capital levantado (equity): US$ 85 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 35 milhões
Principais investidores: Avigdor Willenz Group, Fidelity e Sutter Hill
Os cofundadores se conheceram na Texas Instruments, onde tiveram a ideia de um novo negócio de chips para remover gargalos nos data centers. O problema era que a conectividade não estava acompanhando os avanços em inteligência artificial e aprendizado de máquina.
“Esse foi o momento ‘aha’ para nós”, diz Gajendra, 48. “O aprendizado em inteligência artificial está indo muito rápido”.
Então, em 2017, eles deixaram seus empregos para fundar a Astera, sediada em Santa Clara, na Califórnia, para criar soluções de conectividade que pudessem ajudar a manter o fluxo de dados.
A startup projeta seus chips na nuvem, acelerando esse processo, e os fabrica pela TSMC. Para obter a AWS da Amazon como um dos primeiros clientes, os fundadores recorreram aos seus contatos e disseram por que eles precisavam de uma solução para os gargalos do data center.
“Não sei até que ponto eles estavam convencidos, mas fizemos um bom trabalho”, diz Mohan, 49 anos. “Quando eles se convenceram, foi quando cumprimos nosso compromisso. Os clientes agora vêm até nós e dizem: ‘Temos esse problema, como podemos resolvê-lo?”.
Com os data centers crescendo rapidamente, a receita da Astera deve atingir US$ 100 milhões este ano.
4 – Atmosphere
Fundadores: Michael Grisko, John Resig e Leo Resig (CEO)
Capital levantado (equity): US$ 140 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 25 milhões
Principais investidores: S3 Ventures, SageView Capital e Valor Equity Partners
A Atmosphere, fundada há quase quatro anos, oferece o que o CEO Leo Resig, 42, descreve como vídeos “com áudio opcional” de YouTube, Snapchat, Tiktok e outras fontes para bares, salões de beleza, consultórios médicos e outros negócios.
Resig e seu irmão John, 43, mergulharam no mundo do streaming pela primeira vez em 2015, quando procuravam estender o alcance de seu primeiro empreendimento, o theChive (um site no estilo BuzzFeed) por meio de conteúdo de vídeo, criando a Chive TV.
Percebendo que não poderiam competir em um espaço cheio de gigantes da mídia com muito mais recursos, os irmãos lançaram em 2018 a Atmosphere, sediada em Austin, no Texas.
O serviço é gratuito; sua receita vem de anúncios de clientes como Jack Daniel’s, DraftKings, agências governamentais e loterias estaduais. A Atmosphere agora é transmitida em mais de 30 mil locais em todo o mundo e tem 35 milhões de visitantes únicos por mês.
5 – Boulevard
Fundadores: Matt Danna (CEO) e Sean Stavropoulos
Capital levantado (equity): US$ 130 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 16 milhões
Principais investidores: Bonfire Ventures, Index Ventures, Point72 e Toba Capital
Depois de esperar muito tempo para cortar o cabelo e de esquecer de ligar para marcar um horário, Stavropoulos, 35 anos, se perguntou por que cortar o cabelo não era tão fácil quanto pedir uma pizza.
“Estávamos apenas reclamando como os millenials fazem”, diz Danna, 34. “Por que isso é tão inconveniente?” Logo, os dois estavam indo de porta em porta para entrevistar donos de salões em Santa Monica, Califórnia.
Eles deixaram seus empregos na empresa de conteúdo social Fullscreen e fundaram a Boulevard em 2016 como uma plataforma simples de reservas.
Hoje, a empresa sediada em Los Angeles opera em todos os 50 estados dos EUA e ajuda mais de 2 mil salões de beleza e spas. Seu maior cliente é uma cadeia de lojas de departamentos de alto nível.
Apesar de a empresa ter começado com reservas, hoje a maior parte da receita vem de processamento de pagamentos.
6 – Celona
Fundadores: Vinay Anneboina, Ravi Mulam, Rajeev Shah (CEO) e Mehmet Yavuz
Capital levantado (equity): US$ 100 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 3 milhões
Principais investidores: DigitalBridge Group, Lightspeed Venture Partners, Norwest Venture Partners, NTT Venture Capital e Qualcomm Ventures
No Mobile World Congress de 2018, em Barcelona, Shah apresentou uma tese a um potencial cliente sobre como as empresas precisavam de uma melhor conectividade sem fio para impulsionar a automação e a transformação digital.
Quatro anos depois foi fundada a Celona, cujo nome é uma homenagem à cidade de Barcelona. A startup oferece tecnologia que ajuda as empresas a implantar, operar e integrar a tecnologia celular 5G com sua infraestrutura de TI existente.
“Estamos em uma jornada para tornar o celular tão acessível às empresas quanto o WiFi tem sido nos últimos 15 a 20 anos”, diz Shah, 44, que trabalhou anteriormente como executivo na Federated Wireless.
A empresa sediada em Cupertino, Califórnia, tem Verizon e Google como clientes e espera que a receita triplique neste ano.
7 – CloudTrucks
Fundadores: Tobenna Arodiogbu (CEO), George Ezenna e Jin Shieh
Capital levantado (equity): US$ 142 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 4 milhões
Principais investidores: Caffeinated Capital, Craft Ventures e Tiger Global
O imigrante nigeriano Arodiogbu, 31, cofundou a CloudTrucks depois de vender a startup de carros autônomos Scotty Labs para a DoorDash em 2019.
Enquanto outras startups se concentram no frete digital, a CloudTrucks, com sede em São Francisco, ajuda os caminhoneiros, especialmente os pequenos proprietários-operadores, a gerenciar as operações. A empresa oferece, por exemplo, seguro a um custo mais baixo do que uma operação de caminhão de um ou dois funcionários conseguiria obter.
“Não os ajudamos apenas nas transações”, diz Arodiogbu. “Nós os ajudamos a gerar mais receita, melhorar o fluxo de caixa, reduzir custos e cumprir regras de compliance, o que é mais desafiador hoje em dia.” A empresa atende 3,4 milhões de motoristas de caminhão nos EUA.
Arodiogbu, que havia sido gerente de produtos da empresa de RH Zenefits antes de quebrar em 2015 e da empresa imobiliária Opendoor em 2016, e tem planos ambiciosos, como cartões de crédito sem taxas para caminhoneiros. “Investimos muito em software e ciência de dados para ajudá-los”, diz ele.
8 – Cowbell Cyber
Fundadores: Trent Cooksley, Rajeev Gupta, Jack Kudale (CEO) e Prab Reddy
Capital levantado (equity): US$ 123 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 20 milhões
Principais investidores: Anthemis Group, Brewer Lane Ventures e Manchester Story Group
O CEO Kudale, que já foi diretor de operações de uma empresa de segurança em nuvem, passou cem dias em uma aceleradora de startups em Des Moines, Iowa, trabalhando no lançamento de sua própria loja de seguros cibernéticos.
Fundada em janeiro de 2019, a Cowbell, sediada em Pleasanton, na Califórnia, usa inteligência artificial para identificar riscos e tem mais de 18 mil pequenas e médias empresas como seguradas.
9 – Domino Data Lab
Fundadores: Nick Elprin (CEO), Chris Yang e Matthew Granade
Capital levantado (equity): US$ 228 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 50 milhões
Principais investidores: Coatue, Great Hill Partners, Highland Capital Partners, Sequoia Capital e Zetta Venture Partners
Elprin, 38 anos, fundou a Domino Data Lab com dois colegas da Bridgewater Associates, do bilionário Ray Dalio. Depois de trabalhar com as maiores empresas do mundo no fundo de hedge, o trio desenvolveu a Domino com os mesmos clientes em mente.
A startup sediada em São Francisco espera crescer convencendo grandes empresas a pagar por seu produto de assinatura em vez de gastar os recursos para construir suas próprias configurações de ciência de dados.
A Bayer e a Lockheed Martin, por exemplo, agora têm centenas de cientistas de dados que usam a Domino para acelerar a pesquisa e acelerar o desenvolvimento de modelos de IA.
Na Bayer, o software da Domino ajudou a divisão agrícola a descobrir como aumentar a produção de sementes para os agricultores, enquanto na Johnson & Johnson a plataforma contribuiu para acelerar a capacidade dos cientistas de encontrar células cancerígenas em pesquisas. O braço de risco da gigante da nuvem Snowflake investiu recentemente na startup de nove anos.
10 – EquityBee
Fundadores: Oren Barzilai (CEO), Oded Golan e Mody Radashkovich
Capital levantado (equity): US$ 87 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 5 milhões
Principais investidores: Group 11
O imigrante israelense Barzilai, 38, lançou duas empresas aos 20 anos. Como muitos fundadores, ele ofereceu ações a seus funcionários como parte de seu pacote de remuneração, mas notou que poucos exerceram as opções.
Mais de 55% das opções de ações de startups não são exercidas, deixando impressionantes US$ 33 bilhões na mesa, diz ele. “Os primeiros funcionários de startups são extremamente valiosos e muitos que deveriam ser ricos hoje não são”, diz ele.
Barzilai e os amigos Golan e Radashkovich lançaram a EquityBee em 2018 para ajudar os funcionários a entender suas opções e aproveitar as oportunidades de investir nas startups, conectando-os a investidores credenciados.
Os funcionários recebem dinheiro pela participação que lhes é oferecida na empresa em que trabalham e evitam o risco de pegar um empréstimo na esperança de que a startup se torne pública ou seja adquirida.
Os investidores compram as ações com desconto com base em avaliações passadas e recebem uma porcentagem do valor futuro das ações dos funcionários, que é mantida pela EquityBee em um fundo de investimento.
Quanto ao EquityBee, ele recebe uma taxa de 5% do vendedor e de qualquer transação com as ações quando as empresas são vendidas ou se tornam públicas. Até agora, o negócio já ajudou milhares de funcionários em mais de 100 startups e afirma ter criado novos milionários.
11 – FirstBase
Fundadores: Trey Bastian e Chris Herd (CEO)
Capital levantado (equity): US$ 65 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 5 milhões
Principais investidores: Alpaca VC, Andreessen Horowitz e Kleiner Perkins
Quando o ex-jogador de futebol semi-profissional Herd, 32, tentou construir uma fintech em sua terra natal, a Escócia, ele não conseguiu fazer com que os trabalhadores se mudassem.
Em 2019, ele lançou a FirstBase para otimizar o gerenciamento de equipamentos para trabalhadores remotos.
A FirstBase automatiza a compra, configuração e devolução de equipamentos como laptops, mesas e cadeiras para apoiar empresas que adotam regime de trabalho remoto.
“O trabalho remoto democratiza o talento e oferece uma qualidade de vida muito maior”, diz ele.
Nos primeiros dias, Herd vendeu bitcoin para financiar o negócio e se hospedou em um albergue de 24 quartos em Londres para atrair investidores. Hoje, a empresa atende a mais de cem clientes, que pagam em média US$ 12 por mês por funcionário para usar o software da FirstBase.
12 – Fountain
Fundadores: Jeremy Cai, Keith Ryu, Sean Behr (CEO)
Capital levantado (equity): US$ 225 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 40 milhões
Principais investidores: B Capital, DCM Ventures, Origin Ventures, SoftBank e Uncork Capital
A Fountain ajuda empresas como Deliveroo, Stitch Fix e Sweetgreen a contratar funcionários por hora.
Para isso, a empresa sediada em São Francisco conta com a automação de processos robóticos. Ele aborda os candidatos com perguntas que começam com o básico (“Você tem mais de 18 anos?”) para encontrar pessoas que correspondam ao perfil de trabalho e mantê-los engajados, depois oferece a esses candidatos entrevistas de emprego.
Cai e Ryu, que têm 25 e 30 anos, lançaram a empresa em 2014. Dois anos atrás, eles trouxeram Behr, que havia fundado a startup de gerenciamento de frota Stratim para o cargo de CEO para ajudar a Fountain a expandir.
13 – InstaWork
Fundadores: Sumir Meghani (CEO) e Saureen Shah
Capital levantado (equity): US$ 100 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 100 milhões
Principais investidores: Benchmark, Craft Ventures e Spark Capital
Mais de 70 milhões de pessoas têm trabalhos que pagam por hora por funções como lava-louças, cozinheiros, operadores de empilhadeiras e afins. Meghani, 41, que gerenciava uma equipe de vendas de 150 pessoas no Groupon, fundou a Instawork, em São Francisco, em 2015 para facilitar a contratação desses funcionários (tem 2 milhões cadastrados em seu sistema) com vagas em aberto usando um algoritmo próprio.
Os candidatos a emprego têm acesso gratuito, enquanto os clientes (incluindo os estádios dos times New York Yankees e Mets) pagam porcentagens sobre o salário, dependendo do tipo de trabalho.
“Passo muito tempo pensando em como seria um LinkedIn para trabalhadores que ganham por hora”, diz Meghani.
Ele já havia tentado fundar uma empresa que fazia jogos educativos, mas a semente da ideia do Instawork veio enquanto conversava com o dono de um restaurante italiano no bairro de North Beach, em São Francisco, sobre o quão difícil era contratar lava-louças.
A Instawork pagou a seus funcionários alocados uma média por hora de US$ 19,68 em junho; eles podem optar por receber o dinheiro em um cartão de débito quase imediatamente depois de sair de um turno.
Mesmo que a economia entre em recessão, Meghani calcula que a Instawork continuará a se sair bem fazendo a ponte entre funcionários de meio período com empresas que podem não querer mais funcionários permanentes.
14 – Insurify
Fundadores: Giorgos Zacharia, Snejina Zacharia (CEO), Tod Kiryazov
Capital levantado (equity): US$ 128 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 40 milhões
Principais investidores: MassMutual Ventures, Motive Insurtech, Nationwide Ventures, Rationalwave e Viola FinTech
Em 2012, Snejina Zacharia, então estudante de MBA no MIT, sofreu um acidente de carro que fez com que seus prêmios de seguro aumentassem. Ela pesquisou online por mais de três horas e ligou para agentes e operadoras diretamente.
Depois de preencher os mesmos formulários várias vezes, ela descobriu que poderia reduzir os prêmios se triplicasse a franquia. “A compra de seguros é complicada, é fragmentada, as pessoas não têm uma maneira fácil de pesquisar todas as operadoras em um só lugar”, diz Zacharia, 45, que nasceu na Bulgária e se mudou para os EUA em 2003.
Então ela fundou a Insurify para permitir que os usuários possam pesquisar, comparar, comprar e gerenciar suas apólices de seguro de carro, casa e vida em um só lugar. Ela cofundou a empresa com seu marido, Giorgos Zacharia, 48, nascido em Chipre e agora presidente da empresa de viagens Kayak, e Kiryazov, 37, ex-diretor de estratégia digital da Northeastern University.
Hoje, a empresa sediada em Cambridge, Massachusetts, tem 160 funcionários, quase um terço dividido entre o Paquistão e a cidade natal de Snejina, Sofia. Zacharia diz que o sucesso não foi fácil: “É muito mais difícil quando você é estrangeiro e ainda mais difícil quando você é uma fundadora mulher.”
15 – Kin Insurance
Fundadores: Sean Harper (CEO) e Lucas Ward
Capital levantado (equity): US$ 227 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 30 milhões
Principais investidores: 500 Startups, August Capital, Commerce Ventures, Flourish, Hudson Structured Capital, Senator Investment Group e QED Investors
A Kin Insurance usa inteligência artificial para oferecer um seguro residencial melhor e mais barato.
A startup usa imagens aéreas por meio de um algoritmo de processamento de imagem e analisa bancos de dados como o serviço de listagem múltipla para obter uma determinação precisa do estado de conservação da casa a ser segurada.
Como as seguradoras tradicionais não obtêm bons dados ao fazer perguntas arquitetônicas aos proprietários e agentes, elas “precificam muito alto para casas menos arriscadas e muito baixo para casas mais arriscadas”, diz Harper, 42 anos, que trabalhou anteriormente como um consultor de gestão no BCG.
A empresa sediada em Chicago espera que os prêmios mais que dobrem este ano e cheguem a US$ 250 milhões.
16 – Landing
Fundador: Bill Smith (CEO)
Capital levantado (equity): US$ 237 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 83 milhões
Principais investidores: Delta-v Capital, Foundry Group e Greycroft
Smith, 36 anos, vendeu seu serviço de mercearia online Shipt para a Target por US$ 550 milhões em 2018. Agora ele está de volta com a Landing, outra rede de membros, desta vez voltada para apartamentos mobiliados com aluguéis flexíveis.
17 – LeafLink
Fundadores: Zach Silverman e Ryan Smith (CEO)
Capital levantado (equity): US$ 131 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 28 milhões
Principais investidores: Founders Fund, L2, Lerer Hippeau, Nosara Capital e Thrive
Em 2016, Smith, 31, e Silverman, 38, perceberam que poderiam transformar o crescente mercado atacadista de cannabis legal com software.
Até então, a indústria dependia em grande parte de uma cadeia de telefonemas, encontros e sacos de dinheiro à moda antiga. Hoje, o mercado de atacado da LeafLink, sediado em Nova York, ajuda 8,3 mil lojas de varejo em 30 estados a comprar produtos de cannabis online de 3,4 mil marcas.
A empresa também lançou um serviço de pagamento para reduzir a quantidade de transações em dinheiro no setor de cannabis legalizada que é avaliado de US$ 25 bilhões. As empresas têm acesso limitado ao sistema bancário porque a cannabis continua proibida por leis federais norte-americanas.
18 – LinkSquares
Fundadores: Chris Combs, Vishal Sunak (CEO)
Capital levantado (equity): US$ 162 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 11 milhões
Principais investidores: G Squared, Hyperplane, Jump Capital e Sorenson Capital
Sunak, 38, e Combs, 39, fundaram a LinkSquares em 2015 para oferecer software orientado por inteligência artificial para ajudar as empresas a gerenciar seus contratos.
Eles enfrentaram exatamente esse problema depois que a empresa onde trabalhavam foi comprada e os novos proprietários buscaram informações sobre os contratos que haviam sido executados.
“Os contratos não eram rastreados e todos eram um pouco diferentes [uns dos outros]”, lembra Sunak. “Chris e eu enviamos emails para centenas de advogados de grandes negócios e descobrimos que o problema não era exclusivo nosso. Descobrimos que o gerenciamento de contratos em geral era uma questão complexa, manual e demorada.”
Sunak, engenheiro, passou um ano e meio construindo o software antes de fechar o primeiro cliente. O sistema é usado por mais de 600 empresas, incluindo Fitbit, Wayfair e TGI Fridays, que pagam entre US$ 20 mil e US$ 500 mil pelo software.
19 – Modern Animal
Fundadores: David Bowman, Steven Eidelman (CEO) e Ben Jacobs
Capital levantado (equity): US$ 150 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 5 milhões
Principais investidores: Founders Fund e True Ventures
O ex-consultor da Bain Eidelman, 37 anos, fundou sua primeira empresa, a Whistle – um negócio de dispositivos de rastreamento de animais – em 2012. Quatro anos depois, ela foi adquirida pela Mars Petcare por um preço não revelado e Eidelman tornou-se um empresário residente na Mars, passando bastante tempo nas clínicas veterinárias Banfield e VCA.
“Ver como essas clínicas estavam desatualizadas me fez querer criar um serviço de pet care para o século 21”, diz ele. Com Bowman, 35, e Jacobs, 39, Eidelman fundou a Modern Animal em 2019.
A empresa tem quatro unidades em Los Angeles, mais sete em desenvolvimento em Los Angeles e São Francisco e um aplicativo por meio do qual os clientes podem marcar consultas veterinárias presenciais ou receber atendimento virtual 24 horas por dia, sete dias por semana.
O serviço tem 20 mil membros (que atualmente pagam US$ 129 por ano para participar) e uma lista de espera de milhares de pessoas.
20 – Novo
Fundadores: Tyler McIntyre e Michael Rangel (CEO)
Capital levantado (equity): US$ 136 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 8 milhões
Principais investidores: Crosslink Capital, Stripes e Valar Ventures
Esta fintech sediada em Miami se concentra exclusivamente em pequenas empresas, oferecendo serviços bancários fáceis e acessíveis que não cobram taxas mensais ou exigem saldos mínimos. A startup também oferece saques gratuitos em caixas eletrônicos e vantagens exclusivas.
A empresa não é um banco em si, mas é parceira da Middlesex Federal Savings. Rangel, 35 anos, filho de imigrantes cubanos que cresceram em Miami, fundou a Novo em 2016.
Desde então, conquistou mais de 100 mil clientes. No ano passado, a empresa – que também está na Forbes Fintech 50 – processou cerca de US$ 5 bilhões em transações.
21 – Ocrolus
Fundadores: Peter Bobley, Sam Bobley (CEO), John Guerci e Victoria Meakin
Capital levantado (equity): US$ 127 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 27 milhões
Principais investidores: Bullpen Capital, Fin Capital, Laconia e Oak HC/FT
A Ocrolus usa automação para analisar documentos financeiros. Ele pode classificá-los facilmente, capturar campos de dados importantes, detectar fraudes e classificar fluxos de caixa.
O diferencial da Ocrolus, fundada em 2014, é a combinação de automação com mais de 700 verificadores de dados humanos para garantir o controle de qualidade.
Bobley, 30, diz que o emparelhamento de software com controle de qualidade humano permite à Ocrolus lidar com documentos onde os dados não estão sempre no mesmo lugar e onde a qualidade da imagem é imperfeita, como faxes e digitalizações. A empresa sediada em Nova York tem PayPal, SoFit e Plaid entre seus clientes.
22 – Petal
Fundadores: Jack Arenas, David Ehrich, Andrew Endicott, Jason Gross (CEO) e Berk Ustun
Capital levantado (equity): US$ 240 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 26 milhões
Principais investidores: Brooklyn Bridge Ventures, Tarsadia Investments e Valar Ventures
Usando inteligência artificial para analisar transações bancárias, a Petal oferece cartões de crédito para pessoas que podem ter tido seu cadastro negado por outras instituições.
Ela oferece dois cartões sem anuidade – um para quem tem perfil de crédito médio ou ruim e outro para quem tem pouco ou nenhum crédito – que recompensam pagamentos pontuais com cashback a partir de 1%.
“As pontuações de crédito tradicionais apenas analisam a dívida”, diz Gross, 35. “A Petal opta por analisar os gastos e a imagem holística da vida financeira das pessoas, incluindo renda, contas e economias”.
Desde o seu lançamento em 2017, a empresa sediada em Nova York emitiu mais de 270 mil cartões. Mais de 40% dos aprovados pela Petal no ano passado tiveram o crédito negado anteriormente, segundo Gross. A empresa não divulga as taxas de inadimplência.
23 – R-Zero
Fundadores: Ben Boyer, Eli Harris e Grant Morgan (CEO)
Capital levantado (equity): US$ 170 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 13 milhões
Principais investidores: CDPQ, DBL Partners e World Innovation Lab
O trio fundou a R-Zero em abril de 2020 em um esforço para usar desinfecção à base de ultravioleta para retardar a propagação do Covid-19.
Ajudado pelo cientista-chefe Richard Wade, que trabalha com poluição do ar e saúde pública desde 1975, a R-Zero desenvolveu hardware baseado em UV acessível que desinfeta, software e sensores que avaliam certos riscos à qualidade do ar e um painel para fornecer análises.
Seu baixo preço, por sua vez, permitiu a venda para escolas, restaurantes, hotéis e empresas. Hoje, a empresa, localizada em Salt Lake City, espera usar sua tecnologia para mudar a forma como as pessoas pensam sobre a qualidade do ar interno muito depois que a pandemia desaparecer.
“Acho que podemos sair da Covid e construir um novo normal mais seguro e saudável”, diz Morgan, 33, que anteriormente foi vice-presidente de engenharia da startup iCracked e trabalhou no desenvolvimento de stents na Abbott. A receita da R-Zero está a caminho de triplicar este ano.
24 – Secureframe
Fundadores: Shrav Mehta (CEO) e Natasja Nielsen
Capital levantado (equity): US$ 78 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 6 milhões
Principais investidores: Accomplice Ventures, Base10 Partners, Gradient Ventures e Kleiner Perkins
O CEO Mehta, que desenvolveu mais de 15 aplicativos quando adolescente, cofundou a Secureframe aos 23 anos, depois de enfrentar atrasos ao tentar passar por avaliações e certificações de segurança complexas na empresa em que trabalhava.
“Achei que talvez pudéssemos automatizar isso de duas maneiras diferentes”, diz Mehta, indiano bacharel em ciência da computação pela Universidade da Califórnia, em Santa Cruz.
Hoje, a empresa sediada em São Francisco fornece serviços de automação de segurança e compliance que se integram aos recursos humanos, sistemas de TI e serviços em nuvem de uma empresa.
25 – Settle
Fundadores: Aleksander Koenig (CEO)
Capital levantado (equity): US$ 82 milhões
Receita estimada em 2021: US$ 14 milhões
Principais investidores: Founders Fund, Kleiner Perkins, Ribbit Capital e SciFi Ventures
A Settle, com sede em São Francisco, é uma empresa de gerenciamento de fluxo de caixa que ajuda principalmente pequenas marcas de comércio eletrônico que vendem utensílios de cozinha, móveis e uma série de outros itens.
Seu grande diferencial, diz Koenig, é que ele tem seu próprio capital de giro para que os clientes possam optar por pagar por itens como estoque e marketing com seu próprio dinheiro ou com a Settle, e depois pagar a Settle assim que gerarem receita de pedidos.
Koenig, 36, imigrante polonês e graduado na Johns Hopkins, trabalhou como chefe de crédito da fintech Affirm até 2019. “Para competir com algo que tem muitos clientes e fortes efeitos de rede, você não pode construir algo um pouco melhor, você tem que construir algo 10 vezes melhor”, diz ele.
Via Forbes.
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